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O que fazer na África do Sul

Com 11 idiomas oficiais, a África do Sul se orgulha de seu legado cheio de diversidade. Culturas como Ndebele, Zulu, Xhosa, Sotho, Swazi, Venda, Afrikaans, Malay, Coloured, Khoisan e Europeia chamam esta terra de lar, criando um caldeirão cultural impressionante.

Foi aqui que a que a história do ser humano começou, há impressionantes 4 milhões de anos atrás. Hoje um Patrimônio Mundial da Humanidade, o sul-africano Cradle of Humankind (Berço da  Humanidade) permanece como a mais antiga evidência da origem do ser humano moderno, que viveu e se desenvolveu aqui, na ponta do continente, antes de se espalhar pelo resto do mundo. Foi nessa região que tudo começou, e nós mal podemos esperar para recebê-lo de volta em casa.

O espírito da antiga África ainda pode ser visto hoje no local do Iron Age Kingdom de Mapungubwe, uma avançada civilização famosa por seu ouro, que era “comercializado” até na Ásia centenas de anos atrás. Esse espírito vive na cultura, tradição e mitos, tendo como exemplo fascinante a Rainha da Chuva, ou Modjadji, da província de Limpopo, que se mantém até hoje.

Viaje de volta para os tempos de Guerra em KwaZulu-Natal, e caminhe pelos campos de batalha onde o poderoso Reino Zulu lutou durante o reino do guerreiro King Shaka Zulu. Em seguida, conheça a orgulhosa cultura Zulu dos dias de hoje em uma das muitas vilas culturais, e encante-se com suas famosas estampas de animais, arte, comida e tradições passadas ao longo dos séculos. 

E  você não pode sair da África do Sul sem conhecer melhor a inspiradora história de Nelson Mandela. Siga os passos dele desde seu início humilde em Mvezo, em Eastern Cape, até sua futura casa em Soweto, bairro de Joanesburgo; não deixe de visitar a Robben Island, onde ele passou 18 dos 27 anos em que esteve preso – o barco que vai para a ilha sai do Waterfront, em Cape Town.

Enquanto a África do Sul abriga algumas de nossas culturas mais antigas, ela também vem se tornando uma incrível mistura de culturas modernas. Para conhecê-las melhor, participe de verdadeiros eventos sul-africanos que celebram nossa diversidade e forma de vida. Visite as badaladas feiras e mercados de rua que acontecem nas cidades; faça um tour até distritos históricos como Soweto, curta a energia de bares cosmopolitas, cheios de boas músicas; vá a teatros, clubes de jazz e restaurantes tradicionais – e isso só para mencionar algumas opções.

A diversidade é um importante legado da África do Sul, e você está convidado a celebrar essa cultura conhecendo, compartilhando memórias, e trocando um aperto de mão ao melhor estilo sul-africano com aqueles que chamam esse país de lar.

Estar na África do Sul é se sentir parte de uma história que volta ao início da nossa humanidade, ao primeiro capítulo da nossa história, e ser recebido de volta ao “lar” não como um viajante, mas como um amigo.

Selecionamos abaixo, alguns pontos turisticos da África do Sul!

Conheça Robben Island

Visitar a Robben Island faz com que você seja transportado para uma época muito difícil da história da África do Sul. Entrar na cela em que Nelson Mandela ficou preso por 18 anos traz ao coração a emocionante história da luta sul-africana por democracia e igualdade.

Quando Mandela chegou à ilha, no inverno de 1964, as condições que ele encontrou eram precárias. Os prisioneiros eram confinados a pequenas celas com somente uma esteira para dormir e um vaso sanitário móvel. Os prisioneiros negros eram privados do contato com as pessoas que amavam, limitados a meia hora de visita de um membro familiar.

Sem o contato com a família e amigos, Mandela, Walter Sisulu, Govan Mbeki e Ahmed Kathrada, entre outros, mostraram que eram homens de aço, pois não perdiam a esperança de ver uma nova África do Sul. Essa foi uma das razões pelas quais o Comitê de Patrimônio Mundial da UNESCO escolheu a Ilha Robben como exemplo de “triunfo do espírito humano”.

Lesedi African Lodge and Cultural Village

Localizado perto de Hartbeespoort Dam, na província de North West, o Lesedi African Lodge and Cultural Village é um destino importante de turismo cultural para visitantes interessados em saber mais sobre o povo e as culturas tradicionais da África do Sul.

Na chegada a Lesedi, você é recepcionado na vila Ndebele antes de se acomodar para ver uma apresentação fascinante da história da nação arco-íris da África do Sul. Você é levado para um tour guiado a cada uma das vilas culturais, onde poderá aprender sobre os vários rituais e o folclore de diferentes culturas sulafricanas, e até mesmo aprender um pouco do idioma local.

Músicas e danças tradicionais completam as atividades do dia, acompanhadas de um buffet com comida tradicional, digna de um rei, no enorme restaurante Nyama Choma. Coloque seu paladar à prova com carne de impala, avestruz ou crocodilo, e se reúna ao redor do fogo no fim da noite para ouvir os contos da mitologia africana.

Conheça o Museu do Apartheid

O Museu do Apartheid, perto do centro de Joanesburgo, dedica-se à memória do famoso sistema de discriminação racial que se tornou um marco da África do Sul de 1948 (quando o Partido Nacional, da minoria branca, foi alçado ao poder) até 1994, o ano em que o país teve suas primeiras eleições totalmente democráticas – quando uma nova África do Sul nasceu.

A história do Apartheid e a transição pacífica da África do Sul para uma sociedade democrática e igualitária são importantes para este destino cultural único. É isto que faz com que a visita ao Museu do Apartheid em Joanesburgo valha a pena não apenas para turistas, mas para os próprios sul-africanos.

Lá os visitantes já são recebidos com uma representação bastante real de como era a vida em uma sociedade com segregação racial. O museu tem duas entradas, com os títulos “brancos” e “não-brancos”, e vem definido no ingresso por qual delas cada visitante entrará.

Descubra a história de Mapungubwe

Patrimônio Mundial da UNESC, Mapungubwe foi, no passado, a capital de um país tão grande quanto a Suazilândia, cercado por mais de 200 cidadezinhas.

Hoje as pedras, ossos e árvores de baobá de Mapungubwe são tudo o que restou desta civilização antiga nos vales da Província de Limpopo.

Arqueólogos têm cuidadosamente recolhido partes das ruínas por décadas, as quais nos contam que o domínio do Reino de Mapungubwe se estendeu de 1050 a 1270. Há evidências que indicam que uma mini Era do Gelo acabou com os recursos da área, derrubando, efetivamente, o reino.

Mapungubwe Hill perdeu muito dos seus tesouros ao longo dos anos, mas restou o suficiente para que os arqueólogos da Universidade de Pretória lentamente juntassem as peças da história. Eles encontraram esqueletos humanos em posição fetal, com artefatos como pérolas, marfim, ossos de animais e potes, que foram enterrados com eles. Os restos mortais encontrados nas colinas eram, provavelmente, dos pertencentes à realeza, pois uma vasta quantidade de ouro foi encontrada junto dos corpos.

Graças ao Museu Mapungubwe Collection, que apresenta diversos objetos da época, você pode ver parte dessa história impressionante.

Caminhe nas pegadas dos nossos ancestrais

O Berço da Humanidade é um dos oito lugares considerados Patrimônio Mundial reconhecidos pela UNESCO na África do Sul. Aqui, a paisagem é cheia de cavernas de calcário subterrâneas, que se transformaram em um rico registro fóssil para os estudos da evolução humana. Essas descobertas levaram à teoria “Out of Africa”, estimando que a maioria dos nossos antepassados se originaram em um lugar comum: o continente africano.

O Berço da Humanidade está a 50 km de Joanesburgo, em uma área de pradarias, afloramentos rochosos e trajetos de rios típicos desta terra, antes que ela fosse tomada pela ocupação do homem.

Aqui, você pode ver a história em carne e osso. Ou em puro osso. Milhares de visitantes de todo o mundo vêm até aqui para ver os registro fósseis que estão na rede subterrânea de cavernas de calcário.

Nas cavernas Sterkfontein foram descobertos os restos de mais de 500 hominídeos (a família de hominídeos inclui humanos modernos e seus antepassados diretos).Isso não somente levou a área a ser declarada como Patrimônio Mundial em 1999, mas também ajudou a provar a teoria “Out of Africa”.

Em 1890, descobriram aqui os primeiros fósseis quando as cavernas foram abertas para retirar o calcário necessário para extração do ouro, que foi descoberto em Witwatersrand em 1886. Mas foi somente a partir de 1930 que o trabalho científico realmente começou a ser feito na região.

Em 2005, mais duas áreas importantes foram incluídas como Patrimônio Mundial, aumentando para 13 o número de sítios oficiais no Berço da Humanidade. Esses foram Makapan (em Limpopo) e Taung (na província de North West).

Além de visitar as cavernas de Sterkfontein e Maropen, o centro oficial de visitantes do Berço da Humanidade, “the Cradle”, como é conhecido por lá, também é um lugar de lazer para a população da região, e oferece aos visitantes várias opções de acomodação, restaurantes, cafés, centros de conferência, pistas de bicicleta, trilhas a cavalo e passeio de balão.

Conheça a vibrante Bo-Kaap e seu museu

A colorida Bo-Kaap tem uma história fascinante e uma cultura única que simplesmente precisam ser exploradas. Encravada nas encostas do Signal Hill, este subúrbio é um lugar alegre e vibrante, com uma rica cultura malaia do Cabo e raízes tão antigas quanto a própria Cape Town, conhecida também como Cidade do Cabo. 

O Boo-Kaap Museum, que fica na Wale Street, logo ao lado do centro da cidade, é o lugar ideal para aprender sobre a comunidade islâmica residente, sua história e sua cultura. Após a visita, passeie pelas ruas de pedra, veja as casas coloridas e descubra ainda mais.

O museu foi fundado há séculos por escravos livres, muitos deles vindos do Sudeste da Ásia. Estes antigos escravos ficaram conhecidos como os malaios do Cabo, e acredita-se que foram importantes na formação da língua africâner, uma versão simplificada do holandês utilizada para facilitar a comunicação entre os colonizadores holandeses e os trabalhadores.  

O Bo-Kaap Museum faz parte do grupo Iziko de museus do Cabo, e é um museu histórico e social que conta a história da população local em um contexto cultural e sociopolítico. Ele ocupa uma casa original de 1768, e é mobiliado como uma casa do século 19 de uma família muçulmana. 

Ao reviver a história da comunidade Bo-Kaap, você vai aprender seus costumes e crenças, e entender como esse povo foi afetado pela ideologia política do apartheid e sua legislação discriminatória.

Conheça Chameleon Village, em Hartbeespoort

Hartbeespoort, a cerca de uma hora de Joanesburgo, é um refúgio muito bonito aos pés das Montanhas Magaliesberg. É um destino popular para muitos habitantes da cidade que querem uma saída rápida para mergulhar na natureza e curtir passeios, trilhas pelas montanhas, correr e andar de bicicleta ou para relaxar com várias atividades aquáticas na represa.

E quando a aventura chega ao fim, é hora de ir para a Chameleon Village, os pés das montanhas. Lá, um caldeirão de outlets de artesanato, pubs, restaurantes, armazém de decoração, estúdio de tatuagem, parque de répteis, lojas de equipamentos para atividades ao ar livre, sapatos, bolsas, artigos new-age e muito mais esperam os visitantes.

A Chameleon Village funciona como um coletivo de produtos artesanais de todas as partes da do país. Além de todos os itens africanos que podem ser encontrados ali, 800m2 do espaço são dedicados aos habilidosos artesãos. 

Para quem quiser dar um tempo das compras, é só ir à Chameleon Brewhouse, onde cinco cervejas artesanais e uma cidra estão esperando para serem experimentadas. Tome sua cerveja acompanhado de um prato de queijos saborosos ou de linguiças.

Em Joanesburgo, conheça o Wits Art Museum

A África do Sul abriga excelentes galerias de arte espalhadas por todo país; em Joanesburgo, o Wits Art Museum, é o principal museu de arte africana.

O museu, localizado no coração de Braamfontein, no centro de Joanesburgo, pertinho da Ponte Nelson Mandela, abriga imensas janelas de vidro que mostram obras de arte clássicas, modernas e contemporâneas de todo o continente africano. 

Lá dentro, o museu é separado em diversas galerias e você pode visitar todas elas – tente a Gertrude Posel Core Gallery, e depois suba a rampa (matizes do Guggenheim) até a graciosa Mezzanine Gallery, antes de descer até as galerias Strip e Basement. Todas essas áreas são adaptadas para cadeiras de rodas.  

A Universidade de Witwatersrand (Wits), responsável pelo museu, está montando esse excelente acervo desde o fim dos anos 1920.

O Wits Art Museum tem de oito a dez mostras temporárias por ano, então sempre há algo novo acontecendo, bem como obras de arte da mostra permanente.   

Conheça a África do Sul!

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